A importância do Planejamento Financeiro
- Camila Bavaresco
- 10 de jan. de 2017
- 3 min de leitura

Há algum tempo virou lugar-comum falar em planejamento financeiro. Grande parte dos meios de comunicação atualmente possui uma seção voltada à economia doméstica, aos cuidados com o dinheiro e com os investimentos. Os brasileiros estão amadurecendo financeiramente, apesar de esse assunto ainda não estar em primeiro plano nos pilares de qualidade de vida, que incluem cuidados com a alimentação e corpo.
Planejamento financeiro, planejamento alimentar, planejamento de vida, planejamento escolar. Como podemos ver, o planejamento se aplica a diversas esferas das nossas vidas.
Mas afinal, o que é planejar-se? Quem deve fazer? Como fazer?
Planejar suas finanças nada mais é do que decidir antecipadamente o destino que o seu dinheiro terá ao longo do tempo. É um processo de administração da renda x despesas e investimentos x dívidas, visando tornar realidade os seus objetivos financeiros. Ter um planejamento é importantíssimo para todas as pessoas. Isso mesmo, todas, independentemente da idade, sexo ou condição social. É uma ferramenta fundamental para orientá-lo com relação ao seu futuro para que tenha uma vida sempre segura e tranquila. Ele será o seu mapa de navegação, mostrando onde está, aonde quer chegar e indicando o melhor caminho a trilhar.
E porque é tão importante? Costumo dizer que para se cumprir um objetivo de vida é necessário ter um. E quando se fala em dinheiro, os objetivos são os mais variados: comprar um carro ou trocá-lo, fazer uma viagem de férias, fazer um MBA, fazer um intercâmbio, casar, comprar uma casa, etc.
Para a maioria das pessoas não é possível pôr em prática nenhum desses desejos sem antes organizar suas finanças e fazer uma poupança para então torná-los realidade.
Por este motivo, uma etapa importantíssima do planejamento é definir seus objetivos, o prazo para concretizá-los e quanto eles custarão. Com base nessas informações, é possível identificar quanto será necessário poupar todo mês para torná-lo realidade sem comprometer seu orçamento.
Infelizmente, grande parte da população ainda passa a se preocupar com o seu planejamento somente quando ocorrem situações inesperadas, como crise financeira, necessidade de amparo a parentes, mudanças na carreira profissional, planejamento para aposentadoria, etc. Porém vale lembrar que pode ser tarde demais.
Confira as atitudes inimigas do bom planejamento:
1) Tomar uma decisão financeira, como a troca de um carro, sem considerar as consequências em sua situação financeira global;
2) Não ter objetivos financeiros bem definidos;
3) Não reavaliar seu planejamento periodicamente. O planejamento pode não ser para sempre, pois nossas necessidades e desejos vão mudando ao longo do tempo, por isso é tão importante revisá-lo.
4) Pensar que utilizar os serviços de um Consultor Financeiro significa incapacidade de controlar seu dinheiro. Este é um profissional qualificado que auxiliará na tomada de decisões financeiras mais inteligentes, sempre considerando seu futuro e seus objetivos.
Aprenda a fazer seu planejamento financeiro:
Elabore seu orçamento pessoal/familiar. Nele constará, mês a mês, sua renda e seus gastos em cada item. Com base nele, poderá identificar sua real situação financeira.
Discrimine as suas rendas, como, por exemplo, salário, aposentadoria, pensão, etc. Lembre-se de informar o valor líquido recebido.
Faça uma relação das despesas fixas, como luz, gás, água, telefone, transporte, educação, assistência médica, alimentação, e outras. Considere também despesas eventuais, como remédios, consertos, cabeleireiro, lazer, prestações, taxas, cheques pré datados e outras.
Com essas informações você deve projetar o orçamento para os próximos meses, considerando as despesas sazonais IPVA, IPTU, datas comemorativas, etc
Verifique o saldo entre rendas e despesas mensais: receitas (-) despesas. Se as despesas forem maiores do que a renda, é hora de rever cada item dos gastos e verificar o que pode ser suprimido ou reduzido. Se a renda for maior que as despesas, ótimo. O saldo pode ser investido e gerar ainda mais renda. De qualquer forma, reveja cada item dos seus gastos e verifique se há algo que pode ter seu valor reduzido.
2. Defina seus objetivos de curto, médio e longo prazo. Pode ser uma viagem, um carro, um apartamento, uma festa. Defina o valor necessário para cada desejo tornar-se realidade e a data que gostaria de realizá-lo.
3. Feito isso, é hora de fazer cálculos para verificar quanto precisará investir todo mês para que seus desejos se tornem realidade dentro do prazo previsto. Para isso, é importante contar com ajuda profissional, que orientará sobre as melhores formas de investimento e poderá fazer uma previsão de rentabilidade.
Até a próxima!!